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sábado, 9 de março de 2013

Noemi e Rute: Um grande exemplo de discipulado.


Considerando o cenário de tristeza e dor vivida por Noemi e Rute, é possível absorver um dos maiores exemplos de discipulado cristão de toda a palavra de Deus na antiga aliança. A história de Rute felizmente é uma obra majestosa, sendo a primeira a prefigurar a salvação entre as nações gentílicas.
Entre as muitas lições encontradas na história de Rute algumas serão abordadas nesta dissertação, procurando ilustrar parte do grande aprendizado encontrado no livro.
Fazendo uma observação pormenorizada e esmera, serão encontrados alguns elementos interessantes de grande valia para a escola discipular da igreja hodierna.
O que chama mais atenção no livro de Rute é o cenário de Noemi no discipulado de Rute. Noemi era uma mulher viúva e que ainda perde os dois filhos. Que Deus é esse que tanto encantou Rute? Qual era a benção na vida de Noemi que levou Rute abandonar seus deuses para seguir a sogra “amaldiçoada”? Por mais que se procure, não é possível achar na história de Rute a pregação do triunfalismo, nem do Ufanismo, muito menos da Prosperidade. Porque será que Rute quis tanto esse Deus?
A maior singularidade da história encontra-se no amor de Rute por Noemi. Amor que levou o abandono da vida anterior. Amor de discípulo que se completa na vida do seu mestre. Uma história de entrega, amor e amizade verdadeira.
A resposta para querer este Deus não encontra-se no que Deus faz. Mas naquilo que Deus é na vida da amargurada Noemi. Noemi notavelmente é uma mulher abatida, sofrida e altamente afligida por Deus. Mesmo assim ela não deixa de amar a sua pátria, não abandona a sua fé e mesmo em situação tão adversa consegue ver os planos de Deus na vida da moabita Rute.
Rute diferente de muitos na igreja, pagou o preço e mostrou coragem, submissão e vontade de aprender:


“Disse, porém, Rute: Não me insistes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus;Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.” (Rute 1:16-17)

Rute seguiu os passos de Noemi, aprendendo, obedecendo e vivendo ao lado daquela que se tornou sua companheira inseparável. Rute não foi atrás das bênçãos de Noemi, nem mesmo por aquilo que Noemi tinha em nome de Deus para lhe entregar. Rute foi atrás de Noemi por amor. Não por interesse.
Talvez falte no discipulado cristão a sinceridade das obras, a realidade da vida cristã. Pessoas aprendem que vida cristã é fácil. Rute sabia que a vida com Deus seria dura e difícil. Pessoas querem só descansar nos braços do SENHOR. Rute foi para os braços do Senhor para trabalhar. Labor era o sobrenome de Rute uma mulher trabalhadeira, humilde e serva. Quem diria: a moabita se tornou exemplo para qualquer israelita!.
As características aprendidas por Rute, o seu caráter, e seu amor pela sofrida Noemi, conquistaria ainda nos nossos dias qualquer Boaz.
Quem não quer uma mulher assim? Quem não quer uma Rute em casa? Quem não quer uma Rute por mulher? Quem não quer uma Rute por Nora? É mais preferível uma “moabita” na igreja, do que muitas “israelitas” que existe no seio da igreja.
Noemi sabe ensinar, e melhor ainda: Rute quis aprender! Não ha tantas pessoas dispostas a aprender como Rute na igreja. Porém não são poucos os grandes potenciais da igreja sendo a cada dia discipulados pelo mundo. Moabe tem discipulado mais do que o Israel atual. Moabe tem ganhado, e a extratégia não é mais combater os dogmas denominacionais. Moabe tem vencido por infiltrar no seio da congregação: modismos, falta de conhecimento da palavra e libertinagem tem levados muitos a se afundarem em um mundo de perdição.
Multidões que choram, mas são semelhantes a Orfa. Orfa chora por sua sogra Noemi, mas não esta disposta a seguir seus passos. Não está disposta a deixar o seu passado, não quer viver o o que vive Noemi. Rute vai na contra mão, ela quer sofrer com Noemir, ela quer entrar na chuva, ela quer se molhar.
No entando a grande pergunta é: As pessoas querem passar pelo doloroso e difícil crivo do discipulado? Talvez até queiram. Porém muitas pessoas não sabem das vantagens de ser um discípulo fiel. Não sabem o que e nem com quem aprender. Não faz idéia por onde começar. O pior que tem muitos “mestres” por ai, que também não. Pastores que não sabem nada de rebanho. Não conhece nem o termo, muito menos a práxis de apascentar. Muitos líderes que não entendem de discipulado, tem medo de seminário e não querem avançar. Assim a igreja continua fingindo que está tudo bem: Mestres fingem que ensina em contraponto, uma igreja que finge que está aprendendo!

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